segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Os escritos da mulher...

Zilda Freitas

“Os escritos de uma mulher são sempre femininos;
não podem deixar de sê-los; quanto melhor, mais feminino;
a única dificuldade é definir o que entendemos por feminino.”
(WOOLF, 1929, p.23)

Ao descrever o papel que a mulher desempenhava na sociedade de sua época em sua obra intitulada A room of one’s own (Um teto todo seu),V. Woolf (1929, p.13) apresenta-nos situações extremamente constrangedoras para uma mulher: “As damas só são admitidas na biblioteca acompanhadas por Fellow da faculdade ou providas de uma carta de apresentação.”
Isto fica ainda mais evidente quando a mencionada autora imaginava o que teria acontecido se Shakespeare tivesse tido uma irmã chamada Judith, para concluir sabiamente o possível destino desta mulher:

“qualquer mulher nascida com um grande talento no século XVI teria
certamente enlouquecido, ter-se-ia matado com um tiro, ou terminado
seus dias em algum chalé isolado, fora da cidade, meio bruxa, meio
feiticeira, temida e ridicularizada” (WOOLF, 1929, p.65).

Não eram raros os casos em que isso acontecia. A própria V. Woolf, tal qual Safo, Rosa Luxemburgo e tantas outras, teria cometido suicídio, afogando-se à maneira da Ophelia shakespereana. Suicídio lento e doloroso seria o isolamento da brasileira Hilda Hilst em sua chácara no interior paulista. Estudando a obra de G. Eliot, Jane Austen, as irmãs Brontë, etc.,a autora de Orlando concluiu que a mulher precisava de condições mínimas para produzir sua escritura: um teto todo seu, meia hora realmente sua, acesso a texto de outros autores, renda própria, etc. Condições estas que não possuía Jane Austen, por exemplo, que só confiava nas portas que 116 rangiam, avisando a chegada de um intruso, curioso em ler as anotações de seu diário.

De geração em geração, os traços diferenciais entre homens e mulheres não se atenuaram. Ao contrário, parece-me que cada sexo está cada vez mais comprometido com a sua realidade. A mulher ainda é, em algumas culturas, mera mercadoria de troca entre homens (casamento).

Na sociedade ocidental, entretanto, a dicotomia sexual é uma vivência inconfundível do fazer, do prazer, do saber, enfim, do ser. A construção da identidade feminina passaria, necessariamente, pelo recalque do universo masculino, pela diferenciação sexual. No nosso século, assistimos à problematização em profundidade do modelo, até então inconteste, ainda que muitas vezes implícita, da superioridade viril. Não se trata aqui de fazer propaganda do movimento político-social das mulheres, o feminismo. No entanto, o fato é que o papel feminino vêm mudando gradativamente, sem que o papel masculino fosse fundamentalmente tocado.

A tentativa desesperada de igualdade entre os sexos transformouse em apenas um esforço de androginia, com a mulher assumindo uma dupla jornada. Caricatura do homem, a mulher que trabalha fora de casa, para ser respeitada no início do nosso século, teria que pensar, agir e trabalhar mais e melhor do que os homens, sem, entretanto, ganhar mais por isso. Sabemos que, em média, a mulher recebia 40% menos que o homem, para executar as mesmas atividades.

O grande equívoco das feministas foi a desvalorização do universo feminino, aceitando como definição de um mundo mais igualitário aquele em que precisariam apenas adotar os valores masculinos. A vida privada (o lar) foi negligenciada em detrimento da vida pública (o trabalho), durante os primeiros anos do feminismo. Assim, o mal-estar da dona de casa por se sentir explorada pelos homens foi substituído por um mal ainda pior: o sentimento de inadaptação.

Não conseguindo masculinizar-se no seu ambiente de trabalho, a mulher também não conseguiu feminimizar o mundo. E, conseqüência terrível, perdeu o contato com o seu lado mais feminino, o doméstico. Assim, conclui-se que a mulher não conseguiu atingir os objetivos explicitados no manifesto feminista: “a valorização do sensual, a intimidade como mistério, a intuição como conhecimento, o percebido tão forte quanto o provado, o sensível contra o racional, a estética como ética do futuro” (DOCUMENT, 1975, p.13).

Ao suscitar o questionamento sobre as já mencionadas leis, que lhes são impostas pela hierarquia masculina, as mulheres penetraram no espaço público através do seu trabalho; produziram um contra-discurso, uma contra-ideologia, fazendo contrastar o seu ponto de vista com o masculino na cena cultural de nosso século. O movimento libertatório feminino explicitou a incerteza, a pluralidade e a alternativa no universo social predominantemente viril e caracterizado pela verdade absoluta, pela unanimidade e pelo conformismo.

A FALA FEMININA
No fim da década de 80, a defesa da igualdade entre os sexos passa pela afirmação da diferença. Em confronto consigo mesmo, o universo feminino é agora questionado radicalmente. Em busca de uma redefinição, o feminino já não mimetiza de forma caricatural o viril, nem se julga igual a ele. Aprendeu a conviver sem conflito com o autenticamente feminino, sem propagar o no man’s land, sem refletir a imagem masculina. Somente nesta última década, os avanços sócio-culturais permitiram à mulher uma relação profícua com o saber, a partir do abandono daquela fala titubeante e reticente, que marcaram a expressão feminina anteriormente. Se não, vejamos: no espaço privado, isto é, em seu lar, a mulher sempre se sentiu confortável para expressar suas idéias, relativas unicamente a este universo doméstico. Para ela, o homem reservou este ambiente, para ser vista como a rainha do lar. No espaço público, entretanto, ele reinava.

Neste ambiente, a mulher sentia-se quase estrangeira. Sua fala demonstrava que não conhecia nem cultivava o Dom da oratória, tido consensualmente como masculino. A mulher não dominava os códigos culturais, daí o medo de falar em público, perfeitamente compreensível ,depois de séculos de um respeitoso quase silêncio, ou da completaabdicação do ato de se expressar publicamente, com a própria voz, palavras e idéias. Faltava à mulher deter o saber instrumental, ou seja, a arte de exercer uma linguagem mais conceitual, identificada ao universo masculino.

A fala em público parece-me representar para a mulher uma intromissão agressiva no universo masculino. Melhor dizendo, uma masculinização de seu comportamento social. Tida como adorno para os eventos sociais, passa agora a agente, repetindo o registro viril, aceito como o mais apropriado ao espaço público. A mudança de registro lingüístico é perceptível na fala feminina em uma comunicação formal, por exemplo. Por outro lado, muitos estudiosos vêm percebendo uma rasura deste registro masculino na fala da mulher. Desde os anos 80,
pesquisadores vêm discutindo a discriminação lingüística sofrida pela mulher. Isto é, a sócio-lingüística tem observado que há diferenças na maneira como o homem e a mulher se expressam. E mais: “Alguns itens lexicais significam uma coisa quando aplicados aos homens e outra quando aplicados às mulheres, e essa diferença refere-se aos diferentes papéis desempenhados pelos sexos na sociedade” (LAKOFF, 1975, p.3). Segundo essa autora, a mulher emprega mais adjetivos ao falar.Também é mais polida, mais preocupada com a hipercorreção gramatical, o que talvez explique as freqüentes expressões modais que exprimem conteúdos triviais, frívolos. A atitude e os gestos denotam hesitação, pouca segurança, desconforto. Por tudo isso, ainda segundo Lakoff (1975), a fala feminina se desqualifica diante do discurso masculino, mais imperioso e firme. A julgar por estes estudos sócio-lingüísticos, a liberdade feminina passa pelo emprego oral de formas mais afirmativas e menos hesitantes, capazes de consolidar o papel da mulher no espaço público: “Uma mulher
em público está sempre deslocada” (PITÁGORAS apud PERROT, 1998, p.10).

Assim, a mulher vê-se diante de um impasse: utilizar o discurso masculino é pôr em risco sua feminilidade. Não utilizá-lo é expor-se ao ridículo, ao falar em público. A maioria das mulheres optam pela ambigüidade na sua atitude pública, isto é, adotam apenas parcialmente o falar masculino, mantendo um pouco daqueles traços da cultura feminina.É esta ambivalência que hoje norteia o movimento feminista.

Repensando o conceito de igualdade entre os sexos, a partir da valorização das dicotomias, a imagem feminina não se assemelha a dos homens, mas também não se difere completamente de si mesma. Agora, o papel social
da mulher é definido considerando-se sua vida privada e a pública, a dona de casa e a trabalhadora, a que sabe e a que ainda tem muito o que aprender. Vale ressaltar que as universidades estão repletas de mulheres que buscam o saber em várias áreas e não apenas naquelas profissões tradicionalmente aceitas como feminina: magistério, enfermagem, etc.Estas universitárias não absorvem meramente os conhecimentos, mas os produzem. Percebe-se facilmente um considerável aumento na produção verdadeiramente científica assinada por mulheres, no mundo todo. Agora o saber feminino se estrutura na própria experiência e não mais aquela assimilada do discurso masculino. Se é verdade que ao falar em público, a mulher assume quase sempre uma atitude hesitante, é também neste espaço que ela busca o acesso a horizontes anteriormente viris. Busca novas experiências e
saberes, busca poder de decisão e liderança.
Texto publicado em:
Imagens da mulher na cultura contemporânea / organizado por Sílvia
Lúcia Ferreira e Enilda Rosendo do Nascimento. - Salvador: NEIM/
UFBA, 2002. 268p. (Coleção Bahianas; 7)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PALAVRAS DE MULHER


Compor poesias é fazer dialogar a emoção com o silêncio.


Neste interminável e dilacerante conflito, a autora debate-se entre comunicar aos outros as suas impressões do mundo, as suas idéias... ou calar-se. Em sua quase mudez social, a escritora tenta debalde esquivar-se, se ausentar do processo de criação. Muitas negam que produzem literatura, outras apenas observam o fazer poético masculino. Outras tantas publicam com o nome do marido, dos filhos. Existe mesmo uma voz feminina em textos que mimetizam o universo literário masculino? Renovam-se a cada dia os debates sobre gênero e etnia em literatura, tornando inegável a sua consciência do interdito, do entredito.Por que alguém participaria voluntariamente deste fecundo ritual masoquista, que é propriamente o ato de escrita? Por que autoras optam por esta angustiante convivência com a arte? Por que substituir o viver pelo imaginar, o sentir pelo ficcionalizar? Resposta simples para densas questões: porque não podem evitá-lo. Sim, é verdade que “a arte existe porque a vida não basta.” (Paes, 1990: 13)
Zilda Freitas 10 de agosto de 2009

Carolina de Jesus: catadora de papel e contadora de histórias


Frente à magnificência da poesia, a narrativa é muitas vezes considerada como uma expressão subalterna do pensamento humano. Na verdade, uma produtora de narrativas como Carolina de Jesus é, antes de tudo, uma contadora de histórias cotidianas, uma cronista popular. Contribui com o seu relato para a representação do tema narrado no espaço literário. Esta representação pressupõe uma interpretação do autor, pois ao escolher o assunto e a maneira de narrar, promove um investimento interpretativo, impõe seus limites e ritmo. Além disso, seleciona os episódios a serem narrados, obedecendo a uma ordenação ou cronologia pessoal.


Confunde-se, portanto, o narrador com o texto narrativo, identificando-se de tal forma que é possível conhecer um através do outro, o sujeito pelo objeto textual. A complexidade formal da narrativa ocorre na estruturação do enredo e não necessariamente na linguagem. Por isso, difere-se a narrativa de Carolina de Jesus do poema, sendo este último a expressão sintética do estado anímico da autora, no mais das vezes. A prosa, por outro lado, é quase sempre uma linguagem natural, espontânea, como convém a um relato. É assim em Quarto de Despejo, obra mais conhecida de Carolina de Jesus. Foi publicada pelo jornalista Audálio Dantas, que revisou os originais de trinta e cinco cadernos manuscritos nos quais Carolina Maria de Jesus registrava o seu dia-a-dia na favela do Canindé, em São Paulo.


O livro apresenta descontinuidade e irregularidades, próprias da sua estrutura narrativa em forma de diário. Os registros começam no dia 15 de julho de 1955 e são interrompidos no dia 28 de julho do mesmo ano. Retomados no dia 2 de maio de 1958, estendem-se até 01 de janeiro de 1960. A descontinuidade cronológica do registro não corresponde à rotina dos dias das personagens, cujas atividades se restringiam em sair pela cidade à procura de sucatas que possam ser comercializadas. Papel, lata e ferro são transportados e vendidos, para comprar os alimentos que serão consumidos vorazmente e no mesmo dia.


A personagem principal não é Carolina nem são os outros catadores de papel da favela do Canindé. É a fome e a necessidade diária de mitigá-la que leva a todos para o trabalho árduo e sem muitas recompensas, além das poucas moedas no fim do dia. A autora luta contra fome até mesmo quando escreve. Referindo-se a uma vizinha da favela, reflete: "Dona Domingas é uma preta igual ao pão. Calma e útil". (1960: 52)


No livro de Carolina de Jesus, a pobreza passa por um processo estético, antes de ser estilístico: "...Fiz a comida. Achei bonito a gordura fringindo na panela. Que espetáculo deslumbrante! As crianças sorrindo vendo a comida ferver nas panelas.” (1960: 84) Quarto de Despejo é uma denúncia do abandono social, da exclusão dos sujeitos que são vistos pela sociedade como não-consumidores e, portanto, têm seu espaço reduzido. Ao narrar o cotidiano da favela paulista, Carolina de Jesus transforma a miséria em literatura e ficcionaliza em seus cadernos de anotações diárias a sua relação com aquela sociedade excludente. O luxo e o lixo estão presentes na cena literária, o barraco e a mansão, o papel das ruas e o livro. É Carolina de Jesus o élan presente nos dois status, uma vez que utiliza a folha de papel descartada para registrar suas histórias e sonhos de justiça social.


O ritmo narrativo de Quarto de Despejo é dado a partir da sucessão de imagens perceptíveis pelos sentidos: auditivas, tácteis, visuais etc. Nisto a prosa de Carolina de Jesus se aproxima muito da fala, visto que se trata de uma atitude discursiva em que predomina a segmentação e a interrupção. Na fala, isto ocorre nas pausas naturais da respiração, enquanto na narrativa o ritmo marca o estilo da narradora.


Como afirma M. Foucault, “o sujeito é uma pluralidade de posições e funções possíveis” (1984: 129). Por isso a narrativa de Carolina de Jesus é, sobretudo, uma seleção interpretativa da realidade, elaborada imagisticamente pela autora. Não é apenas o que ela viveu o que registra em seu Quarto de Despejo. É a maneira como percebe a sua realidade e suas relações sociais o que registra na obra. Contrário às idéias de Foucault, o crítico J. Habermas propõe alternativas mais humanísticas na abordagem do texto literário, aproximando-se muito da proposta construtivista que assume usualmente T. Eaglerton. A apresentação de “afirmações de validade” apresentadas por Habermas renovou as discussões sobre a produção literária e a função do poder social, concebido anteriormente como impessoal, anti-humanistas. Os três pensadores aqui citados sinalizam para a possibilidade de considerar arte literária as obras como Quarto de Despejo, por serem representativas do ser/estar social. Outros tantos autores discutem se tais narrativas podem ser inseridas no cânone e serem consideradas como referências da expressão artístico-cultural e literária daquele período histórico.


À parte o debate, a narrativa em Quarto de Despejo é um constructo lingüístico pessoal, cuja função social está na reflexão sobre a realidade, na qual se insere a autora. Entre leitor e obra, estabelece-se um diálogo em que o comportamento inquieto das palavras, escritas de forma totalmente polifônica, encontra ressonância na cosmovisão do receptor/leitor contemporâneo. A realidade da favela paulista narrada por Carolina de Jesus no século XX é muito semelhante ao que se percebe nos grandes centros urbanos brasileiros em nosso século, décadas depois de Carolina de Jesus ter escrito em seus cadernos. Ao narrar as histórias que viveu, Carolina de Jesus nos baliza na realidade injuriosa de seu Quarto de Despejo.


Em seu Quarto de Despejo (1960:36), Carolina de Jesus analisa de forma muito astuta a sociedade brasileira da sua época e de todas as épocas: “De quatro em quatro anos muda-se os políticos e não soluciona a fome, que tem a sua matriz nas favelas e as sucursais nos lares dos operários. A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encera”.

Sabemos que a realidade de Carolina de Jesus não é muito diferente da maioria das autoras baianas, no início do seu fazer poético. A atual pesquisa poderá comprovar as semelhanças e evidenciar as particularidades da geração feminina pós-Carolina.


PROJETO DE PESQUISA NA UESB

Cada época tem suas leituras plurais de fatos e episódios, que são contextualizados de maneira pessoal ou coletiva. O presentismo que caracteriza a contemporaneidade é perceptível na construção da subjetividade a partir da sociabilidade difusa da experiência coletiva. “Este velho e ilustre eu não é senão uma hipótese, uma alegação; sobretudo não é uma certeza imediata”, antecipava Nietzsche (1978: 49). A descontinuidade ou intermitência dos valores culturais fazem com que o eu nietzscheano se perca neste novismo que chega a propor uma literatura multifacetada, apenas para desfragmentar o cronológico, desconstruindo o tempo no espaço social.

Assim, o presentismo vai aos poucos se insinuando como novo estilo, o pós-moderno. Quase não há mais possibilidade de reflexão neste universo caosmótico do hic et nunc, nesta sociedade volátil em que até as relações de consumo são virtuais. Todo o processo de individuação é dificultado neste ambiente de unidades mínimas e relativas, neste habitat em constante mutação. A instabilidade social configura-se como a única certeza possível e o ser/estar contemporâneo é sentir-se incluso neste redemoinho de informações ou (des)notícias, em que a mídia governa de forma inexorável.

Como escrever contos, crônicas, poemas neste status de imediatismo? Como transferir ao leitor sentimentos se todo o processo social é de desindividuação, se tudo o que se propaga é o alijamento das emoções? Por que desvelar a subjetividade e apresentar-se verdadeira neste jogo de indiferenciação social que marca a contemporaneidade? Só há uma resposta possível: para resistir. Mais do que nunca, produzir arte na contemporaneidade é resistir. Resistir à avalanche de contradições que objetiva unicamente massificar o indivíduo, que vem sendo soterrado bem distante de nossos olhos, cotidiana e gradativamente.

Toda vez que uma nova tentativa de produzir literatura para mitigar a sede de qualidade se implementa no cenário da agoridade, é possível detectar esta necessidade de permanência, este resistir. Significa dizer que uma vez mais o sujeito busca sua legitimação no coletivo, não se silencia. Arte unificada ou caleidoscópica, a produção literária contemporânea tem dizentes que não querem se calar. Ainda resistem.

O atual projeto de pesquisa propõe um estudo aprofundado da produção literária brasileira de autoria feminina e, mais especificamente, na Bahia, a fim de atualizar as leituras sobre o tema e fundamentar teoricamente as discussões dos alunos do Curso de Letras do campus da UESB em Jequié, que participarão do projeto.
Zilda Freitas